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Atlântida: Luz e Sombra


Créditos da imagem pixabay por DGSstudios
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Introdução:

A Atlântida como símbolo mítico da dualidade humana


A Atlântida é, desde os tempos antigos, um dos maiores mistérios da humanidade — um continente lendário que foi palco de um desenvolvimento civilizacional extraordinário e, simultaneamente, de grandes catástrofes e quedas morais. Dos livros, da literatura fantástica aos gêneros arqueológicos de mistérios, já se tratou e vinculou muitas expectativas. Mas, uma pergunta que tentaremos responder nesse primeiro artigo da série "Grandes Civilizações e Histórias do passado" é: o que dizem os livros espiritualistas e psicografias que propõem reconstruções históricas de eventos dessa civilização lendária do passado? Livros como “Atlântida – Princípio e Fim da Grande Tragédia”, de Roselis Von Sass e “A queda da Atlântida, I – A teia da Luz”, de Marion Zimmer Bradley; “Atlântida, no reino da Luz” e “Atlântida, no reino das Trevas”, de Roger Bottini Paranhos ou ainda “Baratzil” e “Terra das Araras Vermelhas”, de Roger Feraudy; ou ainda “Entre dois mundos” de Fréderic S. Olivier são apenas alguns dos títulos iniciais que apresentam uma visão detalhada e multifacetada da Atlântida, abordando sua história, sua espiritualidade e suas lições que se repetem para o presente.


 

1. Atlântida na Luz: Sabedoria, Evolução e Harmonia


Créditos da imagem pixabay por Kyraxys
Créditos da imagem pixabay por Kyraxys

Os livros de psicografias, projeções e mentalizações nos levam a conhecer uma Atlântida gloriosa, principalmente em seus primeiros grandes ciclos, a Era dourada. Um centro de saberes ancestrais, espiritualidade avançada e tecnologias sagradas. Esta Atlântida ideal representa a aspiração máxima da humanidade: o equilíbrio entre ciência, espiritualidade e ética.


Neste reino ancestral da luz na terra, onde, segundo os livros, todos nós vivemos e vivenciamos como atlantes, por um longo tempo, podemos dizer até por várias Eras, cerca de um milhão e meio de anos, ensinamentos e experiências que ecoam em cada um de nós.


Os atlantes possuíam um conhecimento profundo da natureza, do cosmos e das forças que regem a vida.


"Aqui é descrito o fabuloso domínio dos atlantes sobre a energia Vril, o quinto elemento, que lhes permitiu adquirir, há 12 mil anos, avançado padrão tecnológico, muito superior ao de nossos dias."

Havia uma integração plena entre o espírito e a matéria, onde a energia espiritual era canalizada para a cura, o desenvolvimento da consciência e a promoção da harmonia social. - Livro "Atlântida no reino da luz" - Roger Bottini Paranhos


"A sociedade atlante era governada por um imperador eleito, assessorado pelo Conselho dos Noventa, também eleitos, e não havia cargo vitalício em toda administração pública." - Livro "Entre dois mundos" - Frederick S. Olivier, 2006.

Os habitantes desse reino cultivavam valores como a fraternidade, o respeito pela natureza e o compromisso com o progresso moral e espiritual. Através de práticas meditativas, rituais e o uso de cristais e tecnologias etéricas, eles conseguiam expandir sua consciência e interagir com dimensões superiores da realidade.

Créditos da imagem pixabay por Erosartvideos
Créditos da imagem pixabay por Erosartvideos

Nos livros da quadrilogia, "As origens da civilização adâmica", escritos por psicografia canalizada, da freira argentina Josefa Rosália Luque Alvarez, é revelado, mais de uma vez, o conhecimento extraordinário da oportunidade que tivemos, na Atlântida, de receber duas representações na matéria, isto é, encarnado, do Mestre Jesus. Primeiro, como Anfíon, o pescador que se tornou o Rei Sábio e criador das fundações de RAMA-KAPURA, a Cidade dos Portões Dourados e, tempos depois, Antúlio, o senhor da Chama Azul Eterna e fundador do Templo de Antúlio, na Cidade Proibida ou Cidade Real na ilha de Poseidonis, a mesma que é mencionada por Platão, em seu diálogo Timeu e Crítias (Τίμαιος και Κριτίας), mais especificamente Crítias ou Atlântida (Κριτίας ή Ἀτλαντικός).

 Antúlio, o Mestre da Chama Azul Eterna no Templo  de Antúlio, na capital de Poseidonis, a Cidade Real. Imagem criada por inteligência artificial do wix.
Antúlio, o Mestre da Chama Azul Eterna no Templo de Antúlio, na capital de Poseidonis, a Cidade Real. Imagem criada por inteligência artificial do wix.

Podemos acrescentar, segundo o livro de Josefa, detalhes que se comprazem no mesmo compromisso de amor fraterno e solidário de Jesus enquanto Antúlio. Pois, o templo idealizado por Antúlio, o atlante, é descrito como uma construção imponente e harmoniosa. Ele foi projetado para promover a reflexão e a meditação. Sua estrutura era circular, simbolizando a unidade e a continuidade da vida em sua condição universal. No centro, havia um altar dedicado à sabedoria universal, e ao redor, câmaras destinadas ao estudo e à prática espiritual. A iluminação natural foi cuidadosamente planejada para criar uma atmosfera serena e propícia à introspecção.

Templo Wat rong khun, Thailand. Imagem ilustrativa representando um templo branco.                   Créditos da imagem pixabay por 1CzPhoto
Templo Wat rong khun, Thailand. Imagem ilustrativa representando um templo branco. Créditos da imagem pixabay por 1CzPhoto

Na inauguração do templo, Antúlio convida indivíduos de diversas culturas e origens para participar das atividades ali realizadas. Esses estrangeiros são recebidos com respeito e consideração, sendo incentivados a compartilhar seus conhecimentos e tradições. O templo torna-se um ponto de convergência para aqueles que buscam a verdade e a compreensão espiritual, independentemente de sua origem.


A fundação do templo por Antúlio deixa um legado duradouro na história da Atlântida. Ele demonstra, no arco final da história Atlante e para além da Atlântida, em suas colônias em terras distantes, que a verdadeira sabedoria não reside na exclusividade, mas na capacidade de aprender com os outros e integrar diferentes perspectivas. Essa atitude de abertura e receptividade tornou-se, gradualmente, um modelo para as gerações futuras, enfatizando a importância do diálogo intercultural e da busca coletiva pelo conhecimento. O símbolo maior desse Santuário do Mestre Atlante, Antúlio, foi o preceito fundador e agregador da universalidade. Renovado, mais uma vez, pela atitude do mestre, entre nós, desde a sua encarnação como Anfíon, o Rei Sábio.

Créditos da imagem pixabay por K3IST
Créditos da imagem pixabay por K3IST

A Atlântida foi, portanto, segundo os livros, um dos grandes símbolos da Luz criada e manifestada entre nós para o desenvolvimento potencial do ser humano quando alinhado com seu propósito divino. Ela simboliza a possibilidade de ascensão espiritual e de viver em consonância com as leis universais da physis (φύσις - natureza), χημεία ( khēmeia – juntar ou derramar) ανακάτεμα Crásis (misturar) χύμα (Khúma - aquilo que é derramado) e máthēma (aquilo que se aprende e se conhece).


 

2. Atlântida nas Trevas: Decadência, Poder e Destruição

Imagem ilustrando a queda da Atlântida para sua própria corrupção moral.                                                                         Pintura "The Course of Empire Destruction" (O Curso da Destruição do Império), de Thomas Cole, 1836.
Imagem ilustrando a queda da Atlântida para sua própria corrupção moral. Pintura "The Course of Empire Destruction" (O Curso da Destruição do Império), de Thomas Cole, 1836.

Em contraponto, a decadência veio pela perda de tudo o que se nutria a Luz. Não da noite para o dia, muito pelo contrário, pois levou muito tempo. A corrupção moral da Atlântida foi gradual, alcançando as brechas mais simples, nas falhas mais renitentes, nos pensamentos e perspectivas mais limitadas e, principalmente, no anseio por buscar um poder e um controle desmedidos. Então, o lado sombrio chegou e a gloriosa civilização começou a ruir de dentro para fora. Ao se afastarem dos princípios da luz, caíram nas armadilhas do egoísmo, da ganância e do abuso de poder. Muitos foram os impérios de nossa história que sucumbiram exatamente da mesma forma.


"Na época de ouro da sociedade atlante, esse tipo de comportamento era impensável. Tratava-se de uma era em que os pais estudavam uma profunda filosofia espiritual, o que lhes dava subsídios para bem educar seus filhos. Com a chegada dos capelinos[1], habitualmente materialistas e imediatistas, começou a acontecer algo semelhante ao que ocorre nos dias atuais de nossa humanidade: uma alienação espiritual cada vez maior e uma entrega a interesses fúteis e transitórios." - Livro "Atlântida no reino das trevas" - Roger Bottini Paranhos

Créditos da imagem pixabay por Ordered_Chaos
Créditos da imagem pixabay por Ordered_Chaos

Essa Atlântida negra representa a decadência moral, onde as forças das trevas se aproveitaram do vasto conhecimento para manipular, controlar e subjugar. Do domínio da magia negra, dos artefatos de poder e da tecnologia sem consciência trouxeram desequilíbrios profundos à sociedade atlante. As ciências que cuidavam, arquitetavam e construíam os pilares da civilização atlante sempre para o bem, agora, serviam ao mal. 

Imagem ilustrativa mostrando os derradeiros períodos de tempo da Atlântida. Quando subverteram a magia e o conhecimento espiritual o ódio, o orgulho, a vaidade, a ganância pelo poder e a corrupção moral dominaram a sociedade levando ao caos. Imagem gerada pela i.a. da wix.
Imagem ilustrativa mostrando os derradeiros períodos de tempo da Atlântida. Quando subverteram a magia e o conhecimento espiritual o ódio, o orgulho, a vaidade, a ganância pelo poder e a corrupção moral dominaram a sociedade levando ao caos. Imagem gerada pela i.a. da wix.

Essa fase da Atlântida é uma advertência para o presente, mostrando os perigos da desconexão espiritual e do uso irresponsável do saber. A corrupção interna, o conflito entre facções e a destruição dos valores sagrados resultaram em cataclismos que levaram à fragmentação do continente e à dispersão de seus habitantes pelo mundo.


Neste reino das trevas, a Atlântida tornou-se um símbolo do que pode ocorrer quando a humanidade se afasta de sua essência divina e se entrega às sombras do poder e do medo.

 




3. A Dualidade Atlante como Espelho da Condição Humana


Representação da dualidade Luz e Sombra.  Créditos da imagem pixabay por Guren-The-Thirdeye.
Representação da dualidade Luz e Sombra. Créditos da imagem pixabay por Guren-The-Thirdeye.

A Atlântida pode e deve ser usada como uma poderosa metáfora para ilustrar a luta interna do ser humano contemporâneo entre seus aspectos luminosos e sombrios. A narrativa dos dois reinos — luz e sombra — é uma forma de entender que não há um lado isolado; ambos coexistem e dependem um do outro para o equilíbrio.


Essa visão dual revela que cada pessoa carrega dentro de si as sementes da luz e as forças das trevas. O caminho do despertar espiritual passa pelo reconhecimento dessa polaridade, pela aceitação da sombra e pela escolha consciente da luz. Estar e viver consciente na Luz e pela Luz.


O processo de queda e ascensão da Atlântida está diretamente relacionado aos ciclos de evolução planetária e à missão da humanidade no universo. As lições aprendidas pelos atlantes precisam ser revisitadas hoje para evitar os mesmos erros e promover uma nova era de luz e sabedoria.


O Legado Atlante e sua Influência nas Civilizações Posteriores destaca a importância do legado atlante na formação das culturas posteriores, incluindo a egípcia, a suméria, a grega e outras tradições esotéricas. Muitas das tecnologias, dos símbolos e dos conhecimentos espirituais dos atlantes foram preservados através de escolas de mistério, sacerdócios e civilizações que herdaram parte de seu saber.


O redescobrimento desses ensinamentos pode ajudar a humanidade atual a superar a crise espiritual e ambiental que enfrenta, permitindo uma reconexão com a sabedoria ancestral.


 

4. Algumas Reflexões para o Presente: O Caminho da Luz

Créditos da imagem pixabay por Kyraxys
Créditos da imagem pixabay por Kyraxys

Aqui convidamos os leitores a refletirem sobre o papel que cada um desempenha no mundo atual. Assim como a Atlântida teve seu auge e sua queda, a humanidade enfrenta hoje um momento crucial de escolha entre luz e sombras.


O convite é para que, inspirados pelo reino da luz atlante, cultivemos valores como a ética, a compaixão, o autoconhecimento e o compromisso com a preservação da vida. Simultaneamente, é preciso estar atento às sombras internas e externas que podem desviar o caminho da evolução. Que o Amor construído e ensinado por tantos Mestres Anciãos, ao longo do tempo, nos inspire a olharmos para além de nossas individualidades e trabalharmos na solidariedade humana, ajudando uns aos outros, continuamente.


A Atlântida para os nossos dias vindouros torna-se uma parábola viva e atual — um chamado para o despertar coletivo e individual em busca da harmonia universal. A Atlântida como Guia Espiritual e Histórico/mítico revela uma visão rica e profunda, que vai muito além de mitos, fantasias, especulações, e folclore. A Atlântida como um espelho da alma humana, um laboratório espiritual onde as forças da criação e da destruição se manifestam. Nos traz ensinamentos valiosos para que possamos compreender nossos próprios desafios, reconhecer as sombras que habitam em nós e optarmos pela luz, pela espiritualidade, pela sabedoria e pela vida, sempre no caminho do Bem.


5. A Atlântida na Luz nos aguarda através dos ensinamentos dos Mestres Anciãos

Créditos da imagem pixabay por Lavir_Hamil
Créditos da imagem pixabay por Lavir_Hamil

A Atlântida, portanto, não é apenas um lugar perdido no tempo, mas um símbolo eterno da jornada humana — um convite para que cada um descubra seu próprio reino da luz e, assim, contribua para a evolução consciente da humanidade. Para os autores e autoras dos livros espiritualistas, vai além, a Atlântida, representa um arquétipo vivo da dualidade essencial que permeia a condição humana na atualidade: luz e sombra, sabedoria e ignorância, evolução e decadência. Esta dualidade Atlante reflete a luta interna que cada indivíduo enfrenta entre seu lado elevado e suas inclinações inferiores.


Ao estudarmos os grandes ensinamentos místicos e sagrados dos Mestres Anciãos, ao longo de nossa história, é natural imaginarmos e até nos perguntarmos de onde vieram tantos conhecimentos e sabedorias? Talvez as maiores descobertas arqueológicas ainda estejam por vir. Mas, tudo a seu tempo e o tempo é sempre o de Deus!


Por hora, nos próximos estudos do nosso site, Sol da Alvorada, iremos nos aprofundar nos ensinamentos do Grão-Mestre THOTH, o atlante, na Era anterior a Shemsu-Hor (Smsw Ḥr - seguidores de Hórus), a Era dos deuses do Kemet (Egito Antigo).


Um excelente estudo para todos na busca pela sabedoria profunda!



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Amor, Luz e Paz Sempre!

Salve a Grande Luz!


Ruan Fernandes

Equipe Sol da Alvorada



Referências:

SASS, Roselis Von. Atlântida – Princípio e Fim da Grande Tragédia. Ordem do Graal na Terra, 2014.

BRADLEY, Marion Zimmer. A queda da Atlântida, I – A teia da Luz. Círculo do livro, 1987.

PARANHOS, Roger Bottini. Atlântida, no reino da Luz. Editora do Conhecimento, 2010.

PARANHOS, Roger Bottini. Atlântida, no reino das Trevas. Editora do Conhecimento, 2010.

FERAUDY, Roger. Baratzil - a terra das estrelas. Editora do Conhecimento, 2008.

FERAUDY, Roger. Terra das Araras Vermelhas. Editora do Conhecimento, 2007.

OLIVIER, Fréderic S. Entre dois mundos. Editora do Conhecimento, 2006.

BERLITZ, Charles. Atlântida, o oitavo continente. Ed. Círculo do livro, 1984.

BERLITZ, Charles. O mistério da Atlântida. Ed. Círculo do livro, 1976.


[1] Capelinos, espíritos vindo da constelação do Cocheiro ou Sol de Capela são um dos vários grupos de espíritos vindos de constelações próximas ou distantes em que seus mundos atingiram um determinado grau de evolução que não mais permitia uma frequência vibracional mais baixa na sua dimensão planetária. Os espíritos que não poderiam permanecer foram exilados para outros orbes e sistemas solares.


1 comentário


Janilton Alves
Janilton Alves
17 de jun.

Gratidão pelos compartilhamentos, meu irmão! Paz e luz!

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